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Condomínio: é melhor ter um quadro de funcionários próprio ou terceirizado?

Domingo, 29 Maio 2016

Condomínio: é melhor ter um quadro de funcionários próprio ou terceirizado?

Por Viviam Klanfer Nunes
SÃO PAULO ­ Quando o assunto são as contas, vale tudo para reduzi­las. Para aqueles que vivem em prédios, a grande preocupação mensal é o condomínio, que, por sua vez, pesa principalmente por conta do pagamento dos funcionários.
Nesse quesito, será que vale a pena considerar a contratação de uma empresa terceirizada?
Há
algumas vantagens e desvantagens ao contratar
esse serviço. Se o condomínio opta por contratar seu
quadro de funcionários, ele terá de arcar com um
piso salarial e benefícios mais caros do que se houvesse contratado uma empresa terceirizada. Porém, o custo desse serviço acaba ofuscando essa diferença.
Na prática, por conta do custo que a terceirizada cobra pelo serviço, o piso menor que os funcionários recebem acaba não configurando vantagem financeira. Porém, um outro aspecto é vantajoso para o condomínio. Se o prédio não contratou uma empresa terceirizada, quando decidir demitir um funcionário, será obrigado a pagar tudo a que o trabalhador tem direito. Se estivesse tratando com uma terceirizada, esses custos não existiriam.
Além disso, contando com esse serviço, o condomínio não tem custo adicional quando um profissional entra em férias ou quanto não pode ir trabalhar, pois a terceirizada é obrigada a mandar outro profissional para substituir aquele que faltar por qualquer motivo.

Quem você está contratando?
Para avaliar os processos, a especialista sugere olhar o tempo de existência da empresa e a quantidade de processos. "Uns 3 processos em 5 anos são aceitáveis", diz Sandra. Logo, se a empresa consultada tiver 20 processos em tal período, é motivo de preocupação. "É muito importante saber quem você está contratando", diz.
Vale também analisar os motivos dos processos. Há muitos profissionais que entram com pedidos absurdos. Como exemplo, Sandra cita as horas extras. É um pedido muito comum o profissional alegar que trabalhava mais do que o contratado e que não recebia horas extras. Porém, alguns alteram sensivelmente a verdade.
Na prática, se o profissional entra com uma ação alegando que trabalhava de segunda a segunda, sem horário para almoço e que entrava às 7h e saia à meia­noite, dá para ver que há algo errado. "Ninguém trabalha desta forma", explica Sandra. Assim, você vai tentando identificar quais ações são procedentes e como a empresa que pretende contratar atua no mercado.
Verificando
Depois dessa averiguação, é importante que o interessado peça referência com outros condomínios que contratam tal serviço. Além disso, deve perguntar constantemente aos funcionários se estão recebendo regularmente e se seus direitos estão sendo respeitados.
Após contratado o serviço, é preciso fiscalização contínua. Sandra explica que o condomínio tem de solicitar mensalmente os documentos que comprovem que os funcionários foram pagos. Deve solicitar ainda a relação dos empregados que trabalham no prédio. Isso é interessante, pois as empresas terceirizadas trabalham com um sistema rotativo.
Ou seja, um profissional trabalha como porteiro uma semana em um prédio, depois outra semana em outro e assim por diante. Quando eles entram na Justiça com alguma ação trabalhista, alguns simplesmente escolhem o prédio que acreditam ter melhores condições financeiras e o citam na ação.
Se o condomínio não tiver a relação dos profissionais que trabalharam no prédio, será difícil provar que o trabalhador não prestou serviço durante todo o mês.
Terceirizar serviço de funcionários no condomínio ainda não é regra, mas uma tendência. De todos os prédios com os quais a ALLPORT trabalha, 68% optam por Terceirizar seus funcionários, 22% possuem um quadro misto, com zelador e faxineiros próprios e portaria terceirizada, e 10% trabalham com um quadro orgânico.